Em um movimento que sinaliza uma possível mudança nas condições de trabalho, 17 dos 39 deputados baianos na Câmara em Brasília engrossaram a lista de apoiadores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP). A proposta, que visa a extinção da escala de trabalho 6×1, já atingiu o número mínimo de assinaturas necessário para tramitar, somando um total de 194 apoios, superando a marca de 171 requeridos.
A proposta, que busca transformar a organização do trabalho em setores que adotam essa escala, foi desenvolvida pelo vereador carioca Rick Azevedo (PSOL-RJ) e vem sendo amplamente debatida no Congresso Nacional. A expressão “6×1” refere-se a uma jornada em que o trabalhador atua por seis dias seguidos e folga apenas um dia, uma situação considerada desgastante para muitos profissionais.
Entre os signatários baianos, um número significativo pertence à base governista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados. Os parlamentares que se posicionaram a favor da PEC incluem:
- Jorge Solla (PT-BA)
- Lídice da Mata (PSB-BA)
- Waldenor Pereira (PT-BA)
- Alice Portugal (PCdoB-BA)
- Bacelar (PV-BA)
- Valmir Assunção (PT-BA)
- Joseildo Ramos (PT-BA)
- Elisangela Araujo (PT-BA)
- Daniel Almeida (PCdoB-BA)
- Pastor Sargento Isidório (Avante-BA)
- Ivoneide Caetano (PT-BA)
- Josias Gomes (PT-BA)
- Leo Prates (PDT-BA)
- Ricardo Maia (MDB-BA)
- Raimundo Costa (Podemos-BA)
- Charles Fernandes (PSD-BA)
- Paulo Azi (União Brasil-BA)
Os parlamentares destacam que a mudança é uma necessidade premente para melhorar as condições de trabalho e saúde dos profissionais que enfrentam a jornada extenuante imposta pela escala 6×1. Com a tramitação da PEC em andamento, a expectativa é de que haja um debate mais aprofundado sobre o assunto nas próximas sessões legislativas.
A proposta já gera discussão não apenas entre os deputados, mas também entre trabalhadores e sindicatos, que vêem nesta mudança uma oportunidade para garantir uma melhor qualidade de vida e saúde no ambiente de trabalho. O avanço da PEC representa um importante passo na luta por direitos laborais no Brasil. Os próximos passos agora dependem de debates e votação nas comissões competentes, antes de seguir para o plenário.
