A Proclamação da República, celebrada todo dia 15 de novembro, marca um dos momentos mais importantes da história do Brasil. Em 1889, o país passou por uma transformação política que resultou no fim da monarquia e no início da república.
Mas por que essa data é tão significativa e o que ela representa?
O Brasil era o último país da América Latina a ainda ser governado por um regime monárquico. Desde 1822, quando a independência foi proclamada, o país era liderado pela família imperial, com Dom Pedro II como o monarca reinante até aquele momento. No entanto, no final do século XIX, diversos fatores começaram a enfraquecer o regime monárquico. Entre eles, o fortalecimento do movimento republicano, a insatisfação de setores das Forças Armadas e a oposição da elite agrária, insatisfeita com as políticas do Império, especialmente após a abolição da escravidão em 1888.
Foi nesse contexto que, na manhã de 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, então capital do país, o Marechal Deodoro da Fonseca liderou um levante militar que depôs o imperador Dom Pedro II e instaurou a república. O ato ocorreu de forma relativamente pacífica, sem grandes confrontos, e pegou boa parte da população de surpresa. Naquele mesmo dia, foi proclamada a República do Brasil, e o marechal Deodoro assumiu a liderança provisória do novo governo republicano.
A transição para a república trouxe diversas mudanças no país. O novo regime adotou o federalismo, a separação entre Igreja e Estado e uma constituição republicana, estabelecendo uma nova forma de governo, com presidentes eleitos, ainda que o processo eleitoral da época fosse limitado.