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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Jovem é morto por PM após simular assalto em Feira de Santana

Na última sexta-feira, 6 de setembro, um trágico incidente ocorreu no bairro Papagaio, em Feira de Santana, na Região Metropolitana de Salvador, envolvendo um adolescente de 14 anos e policiais militares. O jovem, identificado como Mateus dos Santos Souza, morreu após ser baleado durante uma “pegadinha” que estava realizando com amigos.

De acordo com relatos, Mateus estava na garupa de uma motocicleta pilotada por um homem de 33 anos. Eles encontraram dois colegas de escola que usavam uniformes e decidiram realizar uma brincadeira, simulando um assalto. Para isso, Mateus usou um celular para fingir que era uma arma. No entanto, a brincadeira tomou um rumo trágico quando uma guarnição da Polícia Militar passou pelo local. Confundindo a simulação com uma situação real de assalto, os policiais dispararam contra os dois. Mateus foi atingido na virilha, e o motociclista também sofreu ferimentos.

Familiares de Mateus afirmam que tanto ele quanto o motociclista estavam desarmados e que a brincadeira era uma prática habitual para o jovem, que estava a caminho de seu trabalho no momento do incidente. O motociclista foi inicialmente levado a uma Unidade de Pronto Atendimento e, posteriormente, transferido para o Hospital Clériston Andrade, de onde recebeu alta no dia seguinte. Mateus, por outro lado, foi socorrido para o Hospital Emec, onde passou por cirurgia, mas infelizmente faleceu na madrugada do sábado, 7 de setembro.

A Polícia Militar informou que os agentes envolvidos foram afastados da corporação enquanto o caso é investigado. Em nota, a PM explicou que, durante uma ronda ostensiva no bairro Papagaio, a guarnição da Rondesp Leste observou dois indivíduos em uma motocicleta trafegando na contramão e em atitude suspeita. A abordagem resultou na troca de tiros após os ocupantes da moto simularem um assalto. A nota ainda ressaltou que a corporação está tratando o caso com a devida seriedade e que medidas serão tomadas conforme os desdobramentos da investigação.

por Jonadas Sampaio

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