A partir desta terça-feira (17), Salvador contará com um novo espaço destinado ao acolhimento de vítimas de crimes violentos. Localizado na sala 303, no terceiro andar da sede do Ministério Público da Bahia (MP-BA), no bairro de Nazaré, o Núcleo de Apoio às Vítimas de Crimes Violentos e em Especial Vulnerabilidade (Navv) foi criado para oferecer apoio psicológico, social e orientação jurídica à comunidade mais vulnerável do estado. A unidade também tem como objetivo acelerar medidas de emergência para as vítimas.
Com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, o Navv possui duas salas de atendimento e uma sala de apoio técnico, além de uma brinquedoteca e um gabinete do promotor de Justiça. O espaço será voltado principalmente para vítimas de crimes violentos, como crianças, adolescentes, mulheres, pessoas negras e a comunidade LGBTQIA+, mas também atenderá familiares e outras pessoas próximas.
O Núcleo tem como objetivo garantir um atendimento humanizado e especializado, oferecendo o suporte necessário para as vítimas, sejam elas diretas ou indiretas. O atendimento será realizado por uma equipe formada por assistentes sociais, psicólogos e analistas jurídicos, e, apesar de estar localizado na capital, o Navv também atenderá pessoas em vulnerabilidade de outros estados.
A coordenadora do Navv, promotora de Justiça Viviane Chiacchio, explicou que a criação do núcleo aproxima o Ministério Público da sociedade e oferece maior agilidade nas ações judiciais. “O Navv visa prestar um atendimento mais acolhedor àquelas pessoas que sofreram as consequências de ações criminosas. Além da equipe especializada, estarei na coordenação e poderei ingressar com medidas urgentes, sempre fazendo interlocução com as promotorias”, afirmou Viviane.
A unidade foi inaugurada oficialmente na manhã de segunda-feira (16), com a presença de representantes do MP-BA, da prefeitura e de outros órgãos. Durante o evento, o procurador-geral de Justiça da Bahia, Pedro Maia, ressaltou a importância da iniciativa para garantir os direitos das vítimas. “Temos um compromisso muito forte no sentido de reparar o papel da vítima dentro do processo penal e colocá-la como protagonista. Acolher a vítima é o ponto central do processo que visa restabelecer a paz social”, afirmou Maia, destacando a importância histórica do núcleo.
