O que deveria ser um marco de celebração pela conquista da vaga para a Libertadores de 2025, o Esporte Clube Bahia se viu envolvido em um triste episódio de violência. Antes do apito inicial da partida contra o Atlético-GO, um sócio do clube, identificado como Ciro Alexandre Silva dos Santos, desferiu um soco contra o vidro do balcão de atendimento e acabou atingindo uma funcionária.
A funcionária, em estado de choque, recebeu socorro imediato e foi encaminhada a um hospital para atendimento médico. A violência teria sido motivada pela insatisfação do sócio em relação ao check-in da própria mãe, além da recusa em adquirir um ingresso com desconto para outra área do estádio.
Diante da gravidade do ocorrido, o clube anunciou que um processo administrativo será instaurado contra Ciro Alexandre Silva dos Santos. O caso foi parar na delegacia e já existe um boletim de ocorrência registrado. Além disso, o Bahia afirmou que não hesitará em tomar as medidas judiciais necessárias para que o suposto agressor responda criminalmente pelos atos. Em nota oficial, o Esporte Clube Bahia expressou repúdio a qualquer forma de violência, ressaltando que tais comportamentos são totalmente incompatíveis com os valores e padrões de conduta esperados de seus sócios.
“O Bahia se solidariza com a funcionária agredida e informa que prestará todo o apoio necessário à colaboradora. Este tipo de violência não tem lugar em nosso clube ou em nossa sociedade”, afirmou a diretoria em comunicado.
A situação gerou repercussão entre os torcedores e a comunidade esportiva, que se uniu em apoio à funcionária e em defesa de um ambiente seguro e respeitoso dentro e fora dos estádios. O Esporte Clube Bahia reafirma o compromisso com a segurança dos colaboradores e torcedores, e promete trabalhar incansavelmente para evitar que episódios como este se repitam no futuro. Ao Bahia Notícias, Ciro se manifestou e pediu desculpas pelo episódio.
“Nada justifica agressão. Eu errei. Perdi a cabeça e a razão. Mas eu estava realmente bastante nervoso. Ainda ouvi minha mãe, uma senhora de 75 anos ser desrespeitada acabei me excedendo. Não queria quebrar o vidro. Minha mãe explicou que não sabia fazer o check in, que era idosa. A pessoa (que eu nem vi quem era) disse que não podia fazer o check in mas que podia comprar o ingresso com 50% de desconto. Como não pode fazer o check in mas pode vender ingresso? E olhe que eu tentei fazer o check in dela 72 horas antes, e não apareceu a opção. Quando minha mãe falou que ela não podia comprar o ingresso porque ela não tinha dinheiro e a pessoa falou: problema é seu, acabei dando um soco no vidro e dizendo: problema é seu não, respeite ela por favor. E o vidro quebrou. Eu peço desculpas a quem estava atendendo. Sei que a culpa não é dela que está só cumprindo ordens. O Bahia precisa ter mais respeito pelo seu torcedor”, diz a nota.