Um jovem de 23 anos, se revoltou ao ser demitido e acabou sendo acusado de extorquir o ex-patrão, com quem já teve um caso amoroso, em R$ 20 mil para não expor informações sigilosas da empresa. De acordo com o G1, o rapaz foi preso em flagrante, mas foi liberado ao pagar fiança.
O proprietário da empresa afirmou que o jovem passou a fazer ameaças após ser demitido por “mau comportamento”, em outubro. Ele começou fazendo ligações para a irmã da vítima e em seguida passou a ligar e enviar mensagens ao empresário durante a madrugada.
“Só que eu nunca fiquei preocupado porque ele não tinha o que falar. A empresa trabalha com a verdade, com transparência, com sinceridade. Eu não tenho e nunca tive medo de nada”, disse o empresário.
A vítima relatou que o ex-colaborador passou a agir de má fé contra a empresa, enviando e-mail para um dos fornecedores. “Um e-mail gigantesco inventando falácias, atrocidades sobre coisas que eu nunca fiz na vida”, declarou.
“Se ele tinha algum problema comigo, que abrisse um processo cível contra mim ou contra a empresa. Mas como ele não tinha nada, não tinha poderes para nada, então só tinha coisas para difamar, para inventar, falando que eu vendia perfumes falsificados, falando que eu misturava coisas. Eu tenho uma carreira muito sólida, graças a Deus”, acrescentou.
O proprietário acredita que estaria sendo ameaçado por já ter saído com o rapaz anteriormente. “A gente dava uns beijos, saía de vez em quando, mas a gente nunca teve absolutamente nada. Ele disse que se sentiu trocado, só que eu nunca tive nada com ele. Então tem um lance meio passional envolvido, mas é muito mais desvio de caráter ou algum problema psiquiátrico do que passional”, relatou.
O acusado foi preso em flagrante pelo 7º Distrito Policial (DP) no dia em que o ex-patrão pediu que ele fosse ao shopping receber parte do pagamento. “Ele me fez uma pergunta: ‘Se você é tão correto como disse e não está com medo das ameaças, por que está cedendo à minha extorsão?’. Então eu respondi que daqui a pouco ele entenderia”, contou.
Após pagamento de fiança, ele foi liberado em audiência de custódia e deverá cumprir medidas cautelares:
Comparecimento bimestral em juízo para informar e justificar atividades;
Proibição de ausentar-se da comarca ou mudar de domicílio sem prévia autorização do juízo;
Compromisso de comparecer a todos os atos do processo.